08 agosto 2021

 Essa história de celebrar o "Dia dos Pais" com aquele discurso de que "tem mãe que é PÃE", de que foi mãe e pai, etc. etc. para minha percepção de modelos sociais, de geradores de emotividades, não cola.

Definitivamente não posso aceitar que uma indiscutível importância da existência (e presença amorosa) paterna seja maculada com uma narrativa diversionista como essa. A exemplo do texto bíblico sobre a condenação ou não de Sodoma e Gomorra (Gn 18, 32) somos muitos pais que assumem integralmente essa graça. Muito mais do que tarefa. Muito mais do que "padecer num paraíso". Somos os que fazemos da tarefa uma santa relação. E, como humanos imperfeitos, errando e acertando diuturnamente. Penso que já é enorme. Sem comparações com outras. Porque é única e insubstituível. Nem "pãe", nem "mai". Só. E tudo.

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