30 setembro 2010

Sabe...
Lembrei de um tempo, não muito distante na memória, nem na cronologia dos segundos, que me fazia aproximado as tuas instâncias profissionais mediante a digitação das tuas produções textuais...
Muito aprendi com aquilo, ou com isso, uma vez que afirmo que não está tão distante assim do tempo presente.
Esse pequeno exercício de hoje me permitiu atualizar certos procedimentos que me faziam estar (também) em minha tua/memória periférica.
O que pode parecer corriqueiro, banal  e efêmero pode, no seu tempo, no seu espaço e  na sua maneira, se transformar em ícone de anamnese prazerosa.
É como se eu tivesse teus pensamentos em minhas mãos. E, delicadamente, transformasse-os em palavras vivas que vão alimentar outros pensamentos.
Mulheres e homens que convivem contigo. Que bebem de tua disposição ao saber. Que interagem com a tua vida, agregando amores jamais pensados.
E me fazem partilhar dessa gratuidade que é dar sem saber a quem.
Acolher sem perguntar até quando.
E ser, a um só tempo, amada, esposa, mãe e, sobretudo...

Amante de nossos amores.
Companheira escolhida e amadurecida no fogo do eterno encontro de nossas existências.
És música que embala o ritmo natural de nossas vidas. Por vezes adagio, em outras vivace.
Isso escrevo porque achei pouco "só" dizer que te amo.

14 setembro 2010

SEMANA FARROUPILHA

Setembro chega dando os últimos acenos ao inverno que nos manteve gelados e molhados este ano. Menos mal que não nos enfiaram goela abaixo outra endemia, pandemia ou outra emia qualquer.
Trazendo suas cores e sons característicos, ansiosos esperamos pela primavera.
Aqui em Porto Alegre é tempo de comemorações. De reavivar tradições e montar o "Acampamento Farroupilha".
Na verdade comemorar uma guerra que perdemos.
A composição da imagem poderia ser diferente. Se não fossem as demonstrações de desorganização e violência.
Ainda não acabou o evento e já temos uma pessoa morta e outra ferida por faca.
E isso tem se repetido todos ano. Sem contar as brigas e escaramuças que não entram nas estatísticas.
Há uma associação explosiva por detrás. São trinta dias de muita bravata, bebida alcoólica demais, comida demais, pouco sono e barro para todo lado. Sem falar na quantidade de fumaça emitida por cada "piquete".
Respeito as pessoas que escolhem essa forma de expressão cultural. Mas convenhamos, não é possível aceitar que se escondam esses dados.
Nem tentar justificar com outros eventos. O que se tem que fazer é disciplinar (aplicar a Lei) para o porte de arma branca e o consumo de bebidas além da responsabilização civil e criminal para os envolvidos bem como para as instituições que lá estão. Afinal, estão na minha cidade, usando um espaço público. Não é correto que se escondam atrás da pilcha para promoverem arruaças e afrontas as pessoas de bem.

13 setembro 2010

Amigos virtuais

Por vezes, nem sei quantas, mas diversas, repasso um a um os nomes de meus contatos de e-mail.
Acontece que podemos ficar  tão dependentes de uma "lista" ou "grupo" de endereços que é possível nem nos lembrarmos mais de quem são aqueles codinomes, montagens, etc de pessoas que, em algum momento, estabeleceram contato eletrônico conosco.
Não. Não quero com isso dizer que receber e enviar mensagens assim  pode ser um mal.
Longe disso.
O que pode nos tornar superficiais é não mais saber quem é a pessoa. E lidar com apenas um nome.
Na verdade, um codinome.
Mas seria impossível ou muito demorado enviar algo que cremos ser relevante para todos, individualmente.
A internet, com suas facilidades e cuidados necessários acabou me tirando o hábito de escrever cartas.
Mas aí, descobri os blogs. É como se estivesse escrevendo para meus amigos. Com a diferença de que eles podem não abrir a "carta".
Depois, reduziram o tamanho do que era possível escrever com o Twitter. Não gostei. Parecia que eu estava escrevendo para as paredes com somente 140 caracteres.
Desisti. Facebook, Flik, MySpace, e tantas outras denominações passaram como vento por mim. Não tenho tempo nem paciência para manter tanta coisa funcionando.
Mas gosto de escrever. Talvez pudesse fazer isso melhor.
Mas é meu jeito. E, como não tenho que viver disso, faço minha contribuição pontuando alguns assuntos.
É minha pretensão ocupar um espaço de instigamento de idéias. De uma forma simples, como minha capacidade permite.

11 setembro 2010

ENSINO A DISTÂNCIA.

Curso superior a distância, duzentos reais por mês, turmas com quatro, cinco mil ou até mais alunos. É só olhar no centro de Porto Alegre. Isso é educação superior de qualidade? 
Como os alunos são atendidos se, por vezes, existe apenas um tutor e esse é um outro aluno da mesma instituição? Essa é uma forma de fazer dinheiro fácil e encher dados estatísticos. Daqui a pouco, transformado em mercadoria, o ensino estará nas mãos de transnacionais acadêmicas ou das instituições que tiverem cacife financeiro para agüentar um dumping educacional. 
Basta só uma mexidinha na legislação. 
Cuidado!!!