Continuo a observar as
alegrias divididas entre os parentes.
A cada dia encontram-se diferentes
motivos para o convívio saudável. Prova disso é o uso intenso das tecnologias
da moda. Ao mesmo tempo, e com mais tempo, pois estou longe fisicamente desse
“vuco-vuco”, faço minhas sensibilizadas olhadas pelo papel que em meu coração
cada um desempenha.
Como filhos e filhas, trazemos um pouco de cada um que nos
antecedeu. E como diz minha sogra, “sangue não é água”, traços de diferentes
personalidades encontram-se harmoniosamente combinados em cada um. E essa
harmonia não precisa estar “psicologizadamente” equilibrada. Só basta
estar lá.
Para meu coração de pai-avô
de adolescentes (o Cadu ainda não chegou lá, ainda) é graça inominada rever tia
Célia na figura doce da Maninha. Ou de Tia Mariquinha na arte da Lia ou como
anfitriã de um grupo familiar quando a Janine torce a boca.
Meu irmão Ike traz os
trejeitos do vô Forni ou a espirituosidade inata do vô Antonio Ramalho. Sei,
mesmo que eu não tenha brincado com ele.
Para isso os testemunhos dos mais velhos.
Para isso os testemunhos dos mais velhos.
Na Rosângela, paciente e de
fala mansa, Towsend paterno.
Mas são tantos. Difícil de
nomear todos. E se misturam. E se completam. E se superam. Por isso mesmo um
maravilhoso elenco de possibilidades.
Mas acima de tudo, cada um é
único. Irrepetível.
Eis o mistério. Porque isso se manifesta na vontade de estar e permanecer como relação.
Eis o mistério. Porque isso se manifesta na vontade de estar e permanecer como relação.
Entretanto, se sangue não é água, também não é
condição “sine qua non” para a qualidade das relações da família.
Corações amados e amantes aproximam-se. Ampliamos nossos laços fraternos e
tornamos, no já e no agora, realidade a exortação do papa Francisco para a
família universal.
Na casa universal. Na casa comum. Pacha-Mama e Gaia.