20 janeiro 2020

Dicas de compras na internet


10 Dicas de compras na internet (nacionais)

1. Verificar valores do produto compatíveis com o mercado. Preços muito defasados, é quase certo ser fraude.
2. Verificar valores de frete. Para mercadorias de maior volume, frete grátis ou de baixo valor é quase certo ser fraude.
3. Caso o site não ofereça o pagamento por cartão de crédito (ex.: só boleto, depósito em conta ou transferência bancária), é quase certo ser fraude.
4. Caso o site ofereça pagamento por cartão de crédito, faz a simulação. Se houver mensagem de erro continuada, encaminhando para outra forma de pagamento, é quase certo ser fraude.
5. Conferir CNPJ no site da Receita Federal. Muitas vezes até são válidos. Outras, mesmo válidos, o endereço não confere ou dá margem a não existir (ex.: shopping, condomínios). Neste caso, É CERTO QUE É FRAUDE!
6. Verificar erros crassos de Português.
7. Verificar consistência da busca de CEP da página da loja. Ou seja, se digitando o CEP, busca o teu endereço.
8. Verificar funcionamento do fone de SAC. Da telecompra. Do chat.
9. Verificar consistência da oferta com valor final da compra.
10. Para exemplo (não compra!!) verifica o site https://www.venturaclubshop.com/. É o exemplo padrão do que afirmo acima.

Para consultar a Receita:
 http://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp?cnpj=

Obs.: Para compras internacionais só faz com cartão de crédito, levando em conta valores de câmbio, quantidade mínima, custo do frete, valores de impostos e armazenamento nos Correios.

18 janeiro 2020

Ainda sobre maldades

Toda fala da direita conservadora e manipuladora precisa atacar alguém. Discutir o caráter de alguém é necessário muita intimidade com a pessoa e com seu universo particular. Senão, é pura especulação ou enorme má fé. O que está por trás dos ininterruptos ataques ao ex-presidente Lula e ao PT  é a jamais perdoada opção por beneficiar com políticas públicas o povão. Daí vem a mágoa insatisfeita. Por outro lado, meu comentário é como "chover no molhado" pois as consciências obliteradas pelo preconceito social são incapazes de gestos fraternos. E seguem a cartilha da imprensa da casa-grande.

17 janeiro 2020

Humor ou Desaforo?



Assisti o polêmico instrumento de sátira denominado "A primeira tentação de Cristo" do grupo Porta dos Fundos.

Para opinar sobre a polêmica é importante que fale sobre conceitos que orbitam ao assunto. 
O primeiro é sobre liberdade de expressão. Qualquer manifestação da inteligência humana deve ser respeitada. Desde que não vá contra o direito de outra pessoa. Ainda assim, cabe buscar uma mediação para quando houver dúvida sobre isso.
O segundo é sobre deboche. Sendo desconsideração, desprezo e escárnio - trata-se de diminuir a importância de assunto ou pessoa.https://dicionario.priberam.org/deboche [consultado em 17-01-2020] 
Neste caso, muito mais que direito à livre manifestação artística, fixa-se o deboche como mote da peça. E, assim sendo, beira à discriminação, à uma expressão de religiosidade, com a deturpação de personalidades, caráter e informações de cunho histórico e/ou de fé.
Antes que alguma pessoa purista em liberdades individuais me açoite, adianto. Em nenhum momento a condição sutil da homossexualidade do protagonista pode ou vai ser questionada como insulto. Antes. É da essência do cristianismo o acolhimento das pessoas periféricas. Portanto, não é essa questão que, aliás, tem sido a linguagem subliminar das ferocidades alardeadas por grupos radicais pseudo cristãos.
O que me choca é o deboche com valores particulares da fé cristã, especialmente a católica, no que se refere à inteligência (na verdade o mostram como um idiota) e inserção social de Jesus, com a postura devassa de sua mãe e a figura de um deus que se faz humano e tão lascivo quanto infere-se da característica dos autores.
Manifestar que a primeira tentação de Cristo tenha sido sua iniciação homossexual seria uma entre tantas tentações possíveis a um ser humano. Os Evangelhos elencam outras, dadas como mais importantes para a época e público.
Sim, porque Jesus assumiu totalmente sua humanidade. E foi assassinado por isso.
E continua sendo hoje na carne e sangue dos povos perseguidos e massacrados. Das mulheres violentadas. Do povo negro ainda escravizado. Dos "leprosos" LGTI. Dos povos das matas.
E mais, na deturpação de sua mensagem (que aliás nada foi dito), especialmente por aquelas pessoas que, em seu nome, repetem as ações dos fariseus, da inquisição, dos nazistas, dos neo-fascistas que fazem dos pastores da teologia da prosperidade, seus ideólogos, que só vêem o próprio umbigo.
Não vejo na censura, como foi tramada, algo de bom. Ela dá margem a que se faça discriminações. Creio numa ação firme de reparação de danos pelo desrespeito gratuito e mentiroso.
Por outro lado entristece-me que setores progressistas fiquem cegos e mudos aos aspectos do respeito à diversidade, tão caros em suas manifestações.
Para ver que a hipocrisia é um mal que todos podemos contrair.

03 janeiro 2020

Partes de Deus

Usufruindo da presença constante da família, em férias, provoco-me:


Um friozinho me faz recordar Curitiba, mas os ciprestes fazendo reverência ao vento, testemunham estar na Província de São Pedro.
Na linha do horizonte, iluminada pela manhã sem nuvens, o sol encabulado mostra nos campos verdes o movimento suave dos animais que me trazem a oportunidade de avançar na leitura. Anotações vão transformando isso em estudo. E compartilhar se torna imperativo.
Não tenho a pretensão de assumir um lugar que não é meu. Antes, reconhecer que tudo o que existe tem sua importância na construção ou gestação de um mundo mais amoroso.
E que, absolutamente, toda ação humana é parte de tudo. Cabe a nós integrá-las.
Entre tantas que desejei ter em comum, separei uma que mais ou menos traduz os pequenos desafios das últimas leituras, um pouco de nossas lutas eclesiais e políticas e de nossas ânsias por um mundo melhor.
Do livro “Deus em nós - O reinado que acontece no amor solidário aos pobres” - Hugo Assmann e Jung Mo Sung, Paulus, 2010, pg 179/180:
“Deus está “inteiro” mesmo nas “pequenas” relações humanas onde acontece o amor solidário possível dentro das contradições e ambiguidades da condição humana e da história. 
Uma ação  solidária que envolve muita gente não contém ou não faz acontecer mais a presença de Deus do que uma relação sujeito-sujeito, onde estão envolvidas duas ou pouco mais pessoas. Isso porque a plenitude possível do reinado de Deus acontece nas vivências  sempre fragmentárias e relativas de amor e solidariedade, sem se importar se são poucos ou muitos, ou se são ações pequenas ou grandes. Mas, ao mesmo tempo, nenhuma delas é  capaz de conter o Espírito plenamente.”


Contextualizando a leitura, Sung refletia a partir dos escritos de S. Agostinho, no livro Confissões, livro I, “Deus está  em todas as coisas e nenhuma o contém”. E, perguntava: “Mas há  em ti partes maiores e partes menores? Ou estás inteiro em toda a parte, e nada existe que te contenha inteiramente?”


Luzes e paz!