10 agosto 2021

Cores e amores

 

Cores e amores

 É muito comum admirarmos as cores e delicadezas das flores que se desabrocham nas manhãs de primavera.

São inspirações para nossos sonhos de construções. São símbolos do recomeço e da alegria dos encontros. Flores que, na sua natureza intrínseca, são alimento para diversos seres.

Cores e aromas que são atrativos. Parceiras do sol, se completam ao receber de seus  visitantes a polinização imprescindível.

Mas existem flores que só desabrocham à noite. Na escuridão elas se mostram. Elas nos surpreendem porque somos seres diurnos.

Vejam a Dama-da-noite. Logo ao anoitecer ela se abre maravilhosa. Sua semelhante à uma estrela é sugestiva. Entretanto seu perfume, atrativo para a natureza é sua arma secreta. E dura somente uma noite. Apo raiar do sol ela se entrega, humilde, às exuberâncias de suas parceiras diurnas.

Uma outra originária da América Central, a Flor-da-noite, um tipo de cactus, mostra sua identidade ao anoitecer. E nos oferece seu fruto, a Pitaya, ou fruta-do-dragão, especialmente exótica e saborosa.

O que a vida nos pede? A beleza das flores diurnas? Ou a humildade maravilhosa destas noturnas expressões de beleza?

Ambas se enchem da missão de servir. Acolhem os insetos e outros seres polinizadores. Entregam-se como instrumentos da criação. Doam seu néctar. Em troca, recebem a vida.

E nos desafiam a refletir nas nossas missões e suas amplitudes. Mesmo a tarefa de uma minúscula formiga é importante para a natureza. E ela a faz bem.

E nós? Como estão nossas tarefas mais simples?

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