01 novembro 2019

A infinita amplitude do SE


A infinita amplitude do SE

Um poema muito lido e difundido, Se (If, 1910)  do escritor indo-britânico Rudyard Kipling começa e termina condicionando uma afirmação a algumas situações. É talvez o mais conhecido universo das possibilidades do “será” condicionado ao “não ser”.

Toda e qualquer situação precedida de “se” adquire a potência de inúmeras nuances já que qualquer uma pode vir depois dela. Daí serem infinitas suas possibilidades. Por exemplo: SE tivesses chegado antes, tudo poderia caber aqui...SE homem engravidasse, qualquer afirmação caberia aqui. Uma vez que ainda não existe o fato, em podendo haver, qualquer cenário seria aceitável como possibilidade, ainda que resultem controvérsias insolúveis.
Estes movimentos mentais assemelham-se à espiral metafórica à qual a vida é comparada. De tempos em tempos os fatos se repetem sob outros ângulos, prismas, cenários, pessoas.
Lidar com temas fortes e impactantes abrindo-os com SE, exclui qualquer resposta ou contribuição de reais possibilidades. Mantém o campo no virtual, mote da filosofia mas que longe do dia-a-dia do ser humano comum, tão envolto em dramas, nem sempre criados por si mesmos, e sob a sombra nefasta de uma casta de cidadãos oriundos das mesmas hostes adoradoras de Moloch. Exercício de discussão é para quem deseja crescer. É isso que faço, para aprender....
Ou não...

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