31 outubro 2019

Não sou contra. Nem deixo de ser

Novas conversas. Velhos assuntos

Antecipando, não busco aprovação para minha opinião. Divido-a .

Até o século XIX  a escravidão humana era vista como natural, legal e defendida amplamente.
Hoje ela volta à discussão juntamente com a possibilidade de considerar o aborto como natural e defendido amplamente. A questão de fundo é como considerar um ser como humano, ou não. Não se trata do direito do latifundiário ou do corpo da mulher. Trata-se da vida de suas vítimas. O resto é diversionismo.

Não me coloquem no mesmo saco dos escravagistas. Nem dos homofóbicos ou dos misóginos. Não me comparem com os desprovidos de reflexão cidadã. O lema é vida! E vida em abundância. (Jo 10,10)

Não.
Eu não sou o moralista. Pelo menos não no sentido pejorativo que o termo assumiu por conta da curta reflexão dos inimigos da moral.
E sou contra o aborto.
Eu não estou em um prostíbulo de luxo.
E sou contra o aborto.
Porque sou a favor da vida . E da vida de um ser indefeso.
Eu não violento nem nunca estive perto disso com outro ser humano. E sou contra o aborto.
Como sou contra a pena de morte. Quaisquer de suas formas, tanto a da Lei como a que o Estado promove com a discriminação, a perseguição, ou a negação de políticas públicas eficazes.
Porque sou a favor da vida .
Se hoje é considerado crime defender o nazismo é porque suas consequências foram e são contra o ser humano. Como o aborto.
Se é crime manifestar-se contra o outro que tem outra cor de pele é porque fere profundamente a alteridade do outro. Como o aborto.
Só que o aborto mata. Não interessa a origem. Já aconteceu. O segundo ato é o assassinato de um indefeso.
Qualquer relativização é cortina de fumaça para esconder insatisfações de gênero alicerçadas em insatisfações de sua própria construção vida.
Aborto é assassinato.
Sou pai quatro vezes. Eu os sonhei. Eu os desejei. Eu os pari filosófica, espiritual e emocionalmente. O Criador me dotou com características diferentes da mulher. Nem subalternas, nem preponderantes. Idênticas, no diferente.
Eu nunca permitiria uma criança crescer sem eu, seu pai.
Portanto, não cabe generalizar porque sou homem.
Importante tratar as emoções. Tratar o espírito.

Caso contrário, pouca distância se tem dum animal de estimação.


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