Novas conversas. Velhos assuntos
Antecipando, não busco aprovação
para minha opinião. Divido-a .
Até o século XIX a escravidão humana era vista como natural,
legal e defendida amplamente.
Hoje ela volta à discussão
juntamente com a possibilidade de considerar o aborto como natural e defendido
amplamente. A questão de fundo é como considerar um ser como humano, ou não.
Não se trata do direito do latifundiário ou do corpo da mulher. Trata-se da
vida de suas vítimas. O resto é diversionismo.
Não me coloquem no mesmo saco dos
escravagistas. Nem dos homofóbicos ou dos misóginos. Não me comparem com os
desprovidos de reflexão cidadã. O lema é vida! E vida em abundância. (Jo 10,10)
Não.
Eu não sou o moralista. Pelo
menos não no sentido pejorativo que o termo assumiu por conta da curta reflexão
dos inimigos da moral.
E sou contra o aborto.
Eu não estou em um prostíbulo de
luxo.
E sou contra o aborto.
Porque sou a favor da vida . E da
vida de um ser indefeso.
Eu não violento nem nunca estive
perto disso com outro ser humano. E sou contra o aborto.
Como sou contra a pena de morte.
Quaisquer de suas formas, tanto a da Lei como a que o Estado promove com a
discriminação, a perseguição, ou a negação de políticas públicas eficazes.
Porque sou a favor da vida .
Se hoje é considerado crime
defender o nazismo é porque suas consequências foram e são contra o ser humano.
Como o aborto.
Se é crime manifestar-se contra o
outro que tem outra cor de pele é porque fere profundamente a alteridade do
outro. Como o aborto.
Só que o aborto mata. Não
interessa a origem. Já aconteceu. O segundo ato é o assassinato de um indefeso.
Qualquer relativização é cortina
de fumaça para esconder insatisfações de gênero alicerçadas em insatisfações de
sua própria construção vida.
Aborto é assassinato.
Sou pai quatro vezes. Eu os
sonhei. Eu os desejei. Eu os pari filosófica, espiritual e emocionalmente. O
Criador me dotou com características diferentes da mulher. Nem subalternas, nem
preponderantes. Idênticas, no diferente.
Eu nunca permitiria uma criança
crescer sem eu, seu pai.
Portanto, não cabe generalizar
porque sou homem.
Importante tratar as emoções.
Tratar o espírito.
Caso contrário, pouca distância
se tem dum animal de estimação.
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