31 outubro 2019

Consumo de sacolas plásticas. Reduzir?


Ou, "O planeta vai ser o que fizermos hoje, etc...Use sacolas retornáveis!!!" (Vejam só!!)

A campanha deflagrada pelos supermercados (Leia-se Wall Mart e Instituto Akatu-www.akatu.com.br) pela redução do consumo de sacolas plásticas me fez pensar...

Ora. É useiro e vezeiro, o aproveitamento dessas sacolas para acondicionamento do lixo doméstico.

Uma vez reduzido seu consumo, provavelmente até sua extinção, a segunda necessidade tem que ser atendida com um outro material, já utilizado: sacos plásticos coloridos, mais densos, ou seja, mais poluentes e, pagos. Uma estratégia muito providencial dos supermercados que ludibriam a boa fé dos consumidores fazendo-os acreditar estarem contribuindo para a "salvação do planeta", como diz a campanha, mas que traz uma jogada de economia em larga escala. De quebra, um aumento considerável na venda das tais sacolas para lixo.

Fiz questão de comentar o assunto, dentro de uma dessas lojas, com um casal de pessoas idosas, com os corações plenos de boas intenções, levando para casa umas três sacolas "retornáveis".

Confesso que não conferi se tinham sido compradas. Mas não é o caso. Mas se fosse o caso, estaria duplicado o caráter nefasto da campanha.

Não existem propostas para a sociedade para uma educação de acondicionamento do lixo doméstico. Ou seja, vamos continuar necessitando acondicionar em sacolas ou não? Claro que sim.
E hoje com o advento das sacolas feitas de outros tipos de plásticos como de amido, plástico PLA (conhecidos como plásticos compostáveis) e plástico verde, embora mais caros são alternativas válidas a serem consideradas.


Mas é claro que os empresários devem estar achando uma verdadeira maravilha a economia que isso projeta. Não tenho números. Nem serão divulgados, claro.

Finalmente, como cidadão consciente, já de há muito em minha residência a produção de lixo orgânico é processada em composteira e o descarte sólido devidamente separado para o recolhimento do serviço público.

Salvo em raros casos de condomínios que aceitam o descarte direto do lixo domiciliar nas lixeiras comunitárias, a "ecologicamente correta" campanha vai mesmo é aumentar a receita dos "pobres e bem intencionados" empresários.

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