31 outubro 2019

Adeus Crucifixo


O que os meios de comunicação de massa (jornais, TV, rádio, revistas) nos trazem são notícias, em sua maioria, produzidas e distribuidas por conglomerados transnacionais comprometidos consigo mesmos e com seus lucros.

Dessa forma, torna-se difícil  a clareza das verdades que orbitam em cada fato. Nessa direção vai a questão da União Européia e seu pseudo-neo-civilismo. Não se muda uma cultura por meio de Leis. O que se faz é acirrar diferenças e impor sacrifícios aos que menos força dispoem.

A discussão sobre a liberdade religiosa só está acontecendo no ocidente. As práticas democráticas tem tido maiores avanças no ocidente. Mas foi esse mesmo ocidente conquistador e colonialista que impôs séculos de jugo.

Seria simplista afirmar que estaria pagando o preço de suas ações. É muito mais que isso. Exemplo de alguma resistência tem sido desenvolvida pela Irlanda, país essencialmente católico que resistiu a UE quanto ao aborto. Para se ver que não é fácil massificar um caldo de culturas mesmo tão semelhantes quanto a Europa.
Imaginemos então como deve ser quando culturas tão diferentes se encontram (por vezes em confronto).
O assunto é cativante. Creio ser importante fazermos um mea culpa, retomarmos a análise sobre o processo de aculturação por que passa o mundo atual e abrirmos as janelas da tolerância para as diferenças que por tanto tempo dividiram os povos.

Nesse particular o povo do grande país da América do Sul dá exemplos de possibilidades.
Colocando-nos no lugar do outro, especialmente quando o outro é minoria, damo-nos a chance de visualizar um pouco de suas dificuldades.

Se de um lado, defendendo os parâmetros de democracia ampla, a comunidade não cristã  pleiteia um estado laico, sem difusão de símbolos religiosos na escola pública italiana, de um outro a proibição do uso do hijab pelas mulheres muçulmanas não contribui para a paz nas relações.

Nenhum comentário: