Morando em Curitiba há alguns anos buscava manter
o saudável hábito do doce-amargo chimarrão adquirido no meu amado Rio Grande.
Com a ajuda de um demonstrador em um mercado aqui da cidade conheci a erva mate
Globo.
Com a aquisição do primeiro pacote da versão Premium senti-me atendido em
relação a paladar, aspecto visual, conservação e permanência do sabor, item que
considero importante pois é o que define a erva "não lavar" muito
rapidamente, desde que usada água na temperatura adequada.
Entretanto, na leitura dos detalhes da embalagem, o que me interessa sempre
pois dá conta de detalhes da qualidade empresarial, me deparo com a seguinte
afirmação no cartão do interior da embalagem: ...Pois é a melhor defesa contra a competição...(grifo meu).
Então, o que tenho a considerar é justamente o contrassenso da expressão
grifada por mim.
Não acredito que se deva ir contra a competição. É ela que nos
move na direção da qualidade. É ela, a competição, que nos alerta para melhorar
processos e sistemas. Que nos faz, como empresários, funcionários, ou em
qualquer atividade, fazermos o melhor que sabemos para nossa própria satisfação
e para crescimento do todo.
Mas é ela também que deve receber um cuidado especial em seus excessos para não
se tornar instrumento de desumanidade. Portanto, com uma boa dose de fraterna
inteligência, em qualquer área da atividade humana podemos usar a competição
como alavanca para um mundo melhor.
O que seria de nós se tivéssemos só o azul para pintar nossos casas, em alusão ao livro "Cem anos de solidão".
Um texto teoricamente solto, inocente, pode trazer um significado bem denso
para o consumidor/leitor, como foi nesse caso.
Faço minhas considerações porque acredito que estamos numa caminhada como
país que aprende a acolher e proteger as pessoas. E acolhimento é parte
integrante, indissociável da liturgia do mate gaúcho de qualquer querência.
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