10 junho 2011

Mordomias

Pequena nota em jornal de Porto Alegre dá conta de uma piada recorrente nos alojamentos: o "uso", nas Forças Armadas, de soldados como serviçais. Confere a notícia em:
Cerca de alguns anos atrás ouve uma denúncia na imprensa de que supostamente um militar estaria tendo que "lavar as calcinhas da esposa" de seu comandante. Nada foi feito na época. Nem pela Justiça Militar. Foi tratado como piada. E morreu no esquecimento, como é comum.
Mas não é piada não o que se vê nesse particular.
Está introjetado em muitas pessoas que o serviço prestado pelo subordinado é algo natural, um direito consuetudinário. Que certas funções (outros crêem a si mesmos) possuem direitos a serviçais, pagos as expensas do erário.
Salvo os casos de segurança pessoal, com a devida formação nessa área, qualquer outra possibilidade é herança escravocrata.
Soldado fazendo faxina em residência, lustrando fivela de cinto de comandante, dando brilho em coturno de seu chefe, entre outros,  foram exemplos que me deparei e que sempre me fizeram torcer o nariz.
Hoje a Justiça Militar, mesmo que em caráter liminar, faz essa correção no curso das relações militares. Sinais dos tempos?
Veremos.

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