06 agosto 2010

Pergunto as minhas lembranças...

Por quê um amigo?....

E olho para o tempo, com seu ar de eternidade

E ele me dá a resposta com a cor dos dias que nascem:

- Para que tenhas sempre a quem dizer palavras.

Sempre a quem lançar um olhar, furtivo às vezes.

Um sorriso de reencontro, não interessa quanto tempo foi a distância.

Um beijo cheiroso, não interessa de onde estamos vindo.

Um afago de mãos, não interessa que outras mãos foram seguras.

Uma troca de suspiros, interessando sempre que sejam por amor.

Pois a amizade é nascida dele...

E esse...

Ah! O Amor...Esse não ocupa espaço...

Um abraço, e toda a saudade se transforma em carinho.

O calor que se troca! E essa vontade imensa de trazer tudo ao presente,

Num ímpeto juvenil de doar-se...

E sentir-se amado...

Tanto tempo! Onde estavas que meu coração te buscava nos arquivo do universo?

E agora estás aqui. E como é bom sentir teu espírito bem juntinho.

Minha porção humana te quer perto, mesmo sabendo que podemos ser sempre em qualquer tempo e lugar.

E estás agora aqui. Não sei daqui a pouco, mas lá...

Lá será muito além de onde quero estar.

Quero é estar aqui, junto à tua delicada presença.

Compartilhando essa energia universal que nasce não sei de onde,

Mas que a tudo transforma.

Como transformou a mim num garimpeiro de palavras.

E como tal, recolhe tudo.

Teu sorriso é meu rio. E cada tecla que toco, minha batéia.

E meu ouro, a luz que irradias em meu peito.

Sorri... para que eu possa garimpar sempre...

Nenhum comentário: