03 novembro 2020

Continuar ser criança

 

“O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e se recusa a envelhecer.” Clarice Lispector

 

Parafraseando Clarice Lispector me pergunto: onde deixei minha infância? E por que temos de deixá-la, assumindo uma identidade mais fria? Nossos olhares naquela idade eram mais doces. Certo que deslumbrados com as novidades. Mas tomados de assombro pelas cores, pelos tamanhos, por sua gravidade na existência junto a nós. O mundo nos disse para “amadurecer”. E fizemos errado. Pois os frutos quando amadurecem geralmente se tornam mais doces. Mais apetitosos. E nós? Entramos em formas. Seguimos regras que nos (des) entortam. Por que deixamos de ser crianças e perdemos sua graça e beleza? O próprio Mestre dos mestres orientou: “Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18, 3)

Celebrando A Mãe Aparecida e essa criança que insiste em me dizer para ser bom, aproveito para reafirmar: NENHUM DIREITO A MENOS! FORA COISO!!

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