14 outubro 2008

Algemas

Quem falou que as algemas têm algo de moda, acertou em cheio. Até para o sexo são usadas.
Fetiche de dominação e dominado. Símbolo da autoridade que submete o reles cidadão cuja prisão deve ser executada.
Por quê a discussão de se pode ou não ser usada? O cara não vai ser preso? Então que frescura é essa de ficar com melindres pelo cuidado do agente da justiça com sua responsabilidade?
Ora, uma coisa é usar da violência para conduzir alguém a algum lugar por determinação da justiça. Outra é ter chiliques por serem usadas algemas.
Será que vai se reclamar também da viatura utilizada? Ou do lugar onde será conduzida a pessoa?
Ou quem sabe, num radicalismo irônico, o modelo do veículo acabará sendo discutido como assunto de importância pelos que ganham muito para pouco trabalho mostrarem?
Isso tudo é cortina de fumaça. Existem coisas maiores e mais importantes no bojo das discussões da atualidade. Acontece que quem levanta esse tipo de discussão são os que já usufruem incontáveis privilégios oficiais e não oficiais.
É a mesma elite que levou décadas para mudar as leis de nosso trânsito. E só o fizeram quando seus irresponsáveis filhos começaram a morrer.
E se digo que a algema é símbolo da autoridade que submete o infrator (reles cidadão) explica-se porque só depois que meliantes ricos foram algemados é que o STF manifestou-se com a censura.
Cuidado para o que pode estar sendo gestado!!
Primeiro, o sacrossanto lugar de trabalho de suas santidades advogados é alvo de proteção inominada, até o presente. Agora, as autoridades policiais vão ter que conviver com a possibilidade de sofrerem agressões por parte dos conduzidos só porque suas divindades, ministros do Supremo, consideram as algemas parte da execução penal.
É um abuso.
Disso daí para o controle das pessoas pobres com chip no pescoço é um pulinho.

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